domingo, 7 de fevereiro de 2010

Futebol, Política, Religião e Aventureiros da Economia

O provérbio popular é sábio ao predizer que alguns assuntos não são passíveis de discussão, pois cada ser humano possui uma preferência individual que determina a racionalidade limitada, que foi argumentada e discutida pelo famoso pesquisador Herbert Simon com a sua teoria que lhe concedeu o prêmio Nobel de economia e abriu diversos campos nessa área.

Atualmente, a realidade é tão promiscua ao viabilizar espaço de discussão para esses assuntos e assegurar uma exceção nesse famoso provérbio citado. Na realidade, esses assuntos ficaram tão característicos de conversa de boteco, que as pessoas ao discutirem esses temas não se exaltam mais com as divergências de preferências (rivalidades) e ficam indignadas ao constatarem que em qualquer tema dessa trindade existe uma característica trivial que é determinada pelos aventureiros da economia, para não dizer picaretas.

Desde os tempos remotos, os aventureiros eram punidos com severidade pela sociedade ao cometerem crimes, que prejudicassem a sociedade ou viabilizassem oportunidades para ganhos ilícitos. É nesse quesito, que a trindade se assemelha e abre espaço para a convergência de opiniões e idéias, no qual o passado e presente brasileiro se diferencia dos países desenvolvidos com a retratação da impunidade de falsos profetas, políticos corruptos e péssimos dirigentes de clubes de futebol.

Com relação às congregações brasileiras, o melhor exemplo são dos templos ou igrejas, que se aproveitam de doações dos fiéis para captar recursos sem a incidência de impostos e aplicar em atividades lucrativas de diferentes segmentos da iniciativa privada.

Da mesma forma, a política brasileira apresenta os representantes escolhidos pela população usando dinheiro na meia, na cueca e, principalmente, aplicando recursos públicos em outros investimentos(conta na Suíça, Ilhas Caiman e outros paraísos fiscais), que não proporcionam e saciam as necessidades vitais (saúde, educação, segurança e outros) da sociedade.

Ao analisar o futebol, a tristeza não é diferente das demais, pois os aventureiros da economia utilizam de atividades escusas para atingir os próprios objetivos ao alavancarem oportunidades para parentes ou privilegiados que fazem parte da máfia futebolitisca, que por má gestão e administração levam os times para a segunda divisão do principal campeonato do país.

Os exemplos recentes servem para relembrar a sociedade, que os aventureiros da economia existem em qualquer lugar, esporte, religião e partido. E a impunidade desses aventureiros é uma das principais características da trindade e principalmente do nosso país, que através da justiça permissiva que viabiliza a redução de pena e até mesmo não aplicação da punição adequada para esse tipo de oportunista.

Diante dessa constatação que é de conhecimento da maioria dos brasileiros, a trindade pode ser discutida na boemia, lares, praças e viabilizar a redução das divergências ao unir esforços e abrir espaço para racionalidade da sociedade, que algum dia proporcionará punições severas para esses oportunistas através de justiça eficaz, voto consciente, melhoria na educação e outros fatores importantes que são característica de um país desenvolvido.

Um comentário:

  1. Concordo com muito do que foi dito, mas discordo frontalmente da seguinte idéia: "Os exemplos recentes servem para relembrar a sociedade, que os aventureiros da economia existem em qualquer lugar, esporte, religião e partido.".

    No que diz respeito a ideologias políticas, no Brasil e em grande parte do mundo, as tonalidades autoritárias que sobreviveram são exclusivamente de esquerda. De fato, no século XX e neste início do século XXI, apenas a esquerda defendeu de modo consistente projetos políticos autoritários com base em filosofias marxistas e ideologias leninistas-stalinistas.

    O autoritarismo de direita morreu no século XX, tendo apenas como sobrevivente um tal Partido Nacional-Socialista da Alemanhã do entre-guerras. Claramente: o partido nazista!

    Ocorre que o nazismo é uma mistura cretina de credos e mitologias esotéricas, reacionarismo cultural e socialismo autoritário personalista que só é pertinente na cabeça de psicopatas e sociopatas de graus avançados. Ou seja, ninguém intelectualmente normal consegue defender aquilo!

    Este é o ponto: o autoritarismo de direito morreu. Resta matar o autoritarismo de esquerda!!!!!

    O oportunismo, infelizmente, não morrerá jamais... Afinal, trata-se apenas de pessoas maximizando utilidade sob restrições.

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