domingo, 27 de dezembro de 2009

O blog do John B. Taylor

Um ótimo blog de Macroeconomia: Economics One.
Seu autor é o conhecido macroeconomista John B.Taylor.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

PPGOM na ANPEC 2009


Os ciclos de palestras do 37º encontro nacional de economia estão bastantes interessantes. Peço aos alunos que no final do evento coloquem para todos suas preferências e considerações sobre o evento.



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PPGOM na ANPEC 2009

Após 18 horas de viagem, chegamos ao KS Hotel em torno das 03:00 de Terça-Feira. Em anexo segue a foto do pessoal no ônibus. Detalhe, alguém tinha que tirar a foto, logo não apareci desta vez. Em breve mais notícias.


domingo, 6 de dezembro de 2009

Mengão hexa

O Mengão é hexa.

Campeão do mais disputado campeonato da história do Brasileirão com pontos corridos.

No gol decisivo, a bola veio de Petkovic para a cabeçada de Ronaldo Angelim.

Ronaldo Angelim que, pouco tempo atrás, teve contusão grave com risco de amputamento da perna.

O Grêmio mostrou bravura e honradez.

Valorizou a vitória do Flamengo e mostrou como jogadores profissionais devem se comportar em campo (onde a maioria não se vende como mensaleiros quaisquer).

Vamos às imagens que, neste caso (como naquele outro, bem menos nobre), falam por si.








 

sábado, 5 de dezembro de 2009

Colorado-gremista, gremista-flamenguista

Desde domingo passado (29/11) não se fala de outra coisa no estado: é colorado torcendo pelo Grêmio, e gremista pedindo que o time entregue o jogo para o Flamengo. Minhas humildes opiniões são que: primeiro o Inter tem que se preocupar com o Santo André, que está lutando para não ser rebaixado. Segundo, o Grêmio vai perder para o Flamengo ao natural mesmo, pois sempre perde fora de casa. Bom, toda essa historinha é porque achei um video muito engraçado na internet, e vou compartilhar aqui com vocês. Antes, gostaria de ressaltar que não sou gremista nem colorado, na verdade não sou fã do futebol, só torço pelo Xavante mesmo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Entrevista com Jim O`Neill

Entrevista com Jim O´Neil no Portal Exame:


Para o economista do Goldman Sachs que criou a sigla Bric, o país caminha para se tornar a quinta maior economia mundial na próxima década

Não há muito o que o governo brasileiro possa fazer para impedir a valorização do real neste momento. Eleito a bola da vez pelos investidores estrangeiros, o país também precisa lidar com um cenário desfavorável ao controle do câmbio - os juros estão muito baixos nos países desenvolvidos, e a economia brasileira é uma das mais saudáveis neste momento, o que atrai o apetite do capital externo. A avaliação é do economista Jim O’Neil, chefe da área de pesquisa econômica global do banco Goldman Sachs e criador da célebre sigla Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), usada para designar os países emergentes que se sobressairiam no futuro.
O’Neil elogiou a recente taxação do capital estrangeiro e das emissões de ADRs embora indique que ela terá pouco efeito prático. Em entrevista ao Portal EXAME, o economista falou das possíveis formas de conter a valorização do real e de como o país pode se tornar a quarta maior economia mundial na próxima década.


Portal EXAME - Nas últimas semanas, o governo brasileiro adotou algumas medidas para conter a apreciação do real - a taxação em 2% de IOF sobre o capital estrangeiro e de 1,5% para a emissão de ADRs. Essas medidas estão corretas?

Jim O’Neil - Eu tenho uma certa simpatia pelas autoridades brasileiras. Eles estão certos em se preocupar se o real está sobrevalorizado ou se uma parte do fluxo de capital de curto prazo pode ser revertido. Ao adotar essas medidas, o governo brasileiro está tentando assegurar que os investidores estrangeiros apliquem no país pelos motivos certos.

Portal EXAME - Essas medidas podem, de fato, conter a valorização do real?

O’Neil - É difícil que essas medidas, sozinhas, funcionem. É preciso lembrar que o cenário mundial envolve taxas de juros próximas de zero nos países do G7, um forte desejo dos investidores de lucrar com essas diferenças de juros, e uma elevação do rating brasileiro, que o transforma em um bom país para investir. É difícil ver o real voltar a se desvalorizar sem que algum desses fatores mude.

Portal EXAME - O que o senhor recomendaria para conter o real?

O’Neil - Eu acredito que não é realmente fácil para as autoridades brasileiras lutar com sucesso contra esse cenário que eu mencionei. Uma saída seria o Brasil, repentinamente, anunciar uma taxa de inflação bem maior. Outra seria elevar todas as taxas sobre o capital estrangeiro. Mas essas medidas seriam estúpidas pois trariam muito mais danos do que vantagens.

Portal EXAME - Diante desse cenário, é mesmo imprescindível que o governo contenha a valorização da moeda?

O’Neil - O Brasil está muito consciente da chamada doença holandesa. Por isso as autoridades estão certas em fazer com que os investidores estrangeiros se perguntem, com freqüência, se querem mesmo aplicar recursos no Brasil. De qualquer modo, por mais difícil que uma moeda forte deva ser para a indústria local e para o país como um todo, esta é uma situação um pouco melhor do que a de décadas passadas, quando a moeda sempre caía abruptamente.

Portal EXAME - Na última semana, a bolsa de valores brasileira atingiu o maior nível deste ano. O senhor acredita que isto é uma bolha? Deveríamos nos preocupar com uma bolha no mercado de capitais brasileiro?

O’Neil - Não acredito que seja uma bolha. A nota do Brasil está sendo elevada pelos investidores do mundo todo. Nos primeiros cinco anos após eu criar a sigla Bric, muitas pessoas, inclusive no Brasil, afirmavam que o B não merecia estar lá. Agora elas entenderam que, com 200 milhões de habitantes e uma inflação baixa e estável, o Brasil é um novo país. E que ele vai se tornar cada vez mais importante mundialmente. Por volta do final de 2010, eu acredito que o Brasil vai superar a Itália como a sétima maior economia do mundo. E, na próxima década, ele começará a ameaçar a França e o Reino Unido.

Portal EXAME - Duas semanas atrás, a revista britânica The Economist publicou uma reportagem de capa, na qual afirma que o Brasil finalmente decolou. O senhor concorda?

O’Neil - A reportagem da Economist me preocupou um pouco. Isto porque a revista, de vez em quando, publica verdadeiras bobagens como manchete, e que servem às vezes como um indicador contrário ao que está ocorrendo de fato. Dito isso, eu penso que, desta vez, eles estão certos. O Brasil vai crescer provavelmente a uma taxa média de 5% ou 6% na próxima década, o que o transformará na quinta economia mundial - e, quem sabe, até na quarta maior economia até 2020.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Juventude, mídias e moral



DEBATE ABERTO - Agência Carta Maior - http://cartamaior.com.br

Juventude, mídias e moral

É um soco no estômago de cada brasileiro, constatar que, depois de três décadas, ao invés de uma greve revolucionária ou de uma manifestação pela democracia, se vê, em São Bernardo, uma demonstração de ignorância fascistóide juvenil.

Luís Carlos Lopes

O fato ocorrido há alguns dias em uma Universidade privada do ABC paulista – São Bernardo do Campo – deveria ser motivo de reflexão sobre vários problemas do Brasil atual. As grandes mídias e as baseadas na Internet repercutiram bastante o ocorrido, bem como seus desdobramentos. Estes continuam a vibrar nas teias dos meios de comunicação disponíveis.

Houve um espetáculo, possivelmente gravado pelas câmeras filmográficas de celulares ou de outras máquinas digitais. Estes registros correram como um rastilho de pólvora por todo país. Sem dúvida, a amplificação midiática destas imagens e sons é mais importante do que o fato em si. Isto, sobretudo, se for considerada a continuação do coro midiático de reprovações ao comportamento da moça que foi, involuntariamente, o epicentro de mais este escândalo.

Não é a primeira vez que imagens feitas por câmeras amadoras criam tanta celeuma no Brasil e no exterior. No mundo, o caso mais famoso é o das imagens das torturas praticadas no Iraque por militares norte-americanos, capturadas e divulgadas pelos seus próprios colegas. No Brasil, inúmeros casos de sexo casual e de sexo forçado (estupro) foram parar na memória destes aparelhos. Isto transformou cada um de seus portadores em um repórter de fato do mondo cane da vida social contemporânea.

Estes repórteres são igualmente participantes dos fatos em tela. Suas lentes são dirigidas da perspectiva dos estupradores, caluniadores ou torturadores. Não há, salvo engano e infelizmente, o propósito de denunciar, ao contrário, o registro é para perpetuar o fato e, quando possível, divulgá-lo para outros, como prova de que estava ali e que se concordava com o que foi gravado. Trata-se de imagens para confirmar a validade do ocorrido, sem qualquer propósito crítico ou investigativo.

A intimidade da vida social acabou. Tudo pode ser registrado e transformado em elementos do fogo da intriga e da maledicência. A possibilidade de se ter facilmente imagens em movimento, acompanhada de som ambiente, tornou factível que, de outro ângulo, se possa também julgar os que julgam, atacam, torturam, caluniam e gravam. O instrumento usado para alardear os crimes funciona como uma bomba de efeitos inesperados, tal como a que explodiu no colo de um sargento no Riocentro (RJ), em 1981.

As imagens existentes mostram um grupo agitado de jovens usando palavras de baixo calão contra outra jovem, sua colega da mesma faculdade. Há a clara impressão de que, se não houvesse a presença da polícia, o linchamento moral, poderia ter sido seguido pelo ataque físico, com conseqüências inimagináveis.

Segundo as mídias, que complementaram esses registros, não teria havido qualquer conflito ou ação deletéria da difamada, além de suas vestes. Estas foram consideradas ousadas pelos seus críticos de ambos os sexos, que, aliás, continuam em vários canais da mídia insistindo em sua culpa. Obviamente, não poucos saíram em sua defesa.

As imagens do fato lembram às representações do que ocorria no mundo medieval: os autos-de-fé contra bruxas, judeus, prostitutas, adúlteros, livre-pensadores e outros. Todos considerados inimigos da ordem e dos bons costumes. A turba ensandecida gritava querendo ‘justiça’ contra os que tinham, como maior pecado, serem mais inteligentes, loucos ou simplesmente diferentes ou vítimas da maioria.

Naquela época, havia a fogueira e outros suplícios terríveis aplaudidos pela massa. Hoje, as mídias e os poderes que representam foram sacralizados, como novas autoridades morais da modernidade. Queimam-se os objetos do ódio em cada tela de tv ou de computador. Todavia, as chamas crepitam de outro modo. Não matam, mas provocam imensos estragos às vidas de suas vítimas.

As mesmas imagens lembram o nazifascismo que copiou a lógica medieval e perpetrou crimes terríveis contra a humanidade. Este regime e ideologia agiram, com especial zelo, contra: os diferentes de qualquer naipe; a inteligência científica e artística; os que teimavam em pensar na liberdade de opinião; os que queriam viver do modo que acreditavam como mais justo.

Na maior carnificina conhecida, até hoje, - a preparação e execução da Segunda Grande Guerra - milhões foram para as novas fogueiras, depois de caluniados e atacados de todas as formas possíveis e imagináveis. A partir do século XX, as mídias cada vez mais desenvolvidas e complexas foram e continuam sendo usadas para disseminar o ódio, a intriga e a conspiração contra a liberdade. As mídias, usadas como instrumento do poder, servem para preparar, manter e esconder atentados contra os direitos humanos e crimes contra a humanidade.

Os jovens que gritaram contra uma de suas colegas, cortando suas próprias carnes, foram chamados de fascistas, não sem razão. Este é o nome genérico dado a todos que não suportam comportamentos que saiam de seus controles. É também justamente usado para designar os que usam o poder da turba ignara para linchar qualquer um que lhes pareçam diferente. Os fascistas adoram a ordem, a família, a propriedade e o fanatismo religioso. Também, gostam da pornografia, desde que tenham absoluto controle de seus objetos. Não são necessariamente conscientes do que são.

Possivelmente, os mesmos que admoestaram a moça colecionam revistas pornográficas, vêem a farta exibição do gênero na Internet, tratam suas mulheres com violência real e simbólica e aceitam, sem qualquer problema, o princípio da superioridade masculina. Na verdade, pouco importa a que gêneros pertençam, bem como suas características socioraciais. Neste caso, foram vistas muitas moças engrossando o coro durante o ato e, também, no momento posterior.

Muitos dos jovens atuais são intoxicados por mídias que passam a carne das meninas do Brasil em moedores, retirando desta qualquer humanidade. Não vêem nada de mais na exposição pornográfica e mercantil da nudez feminina, desde que as expostas sejam as deusas das mídias, as personas que tanto adoram como novos bezerros de ouro. Não acham, de fato, que as roupas devem ser comportadas. O problema é se isto sai de seus controles imaginários. Afinal de contas, a publicidade e as heroínas midiáticas usam roupas iguais ou mais ousadas do que a humilhada e ofendida, neste caso.

O fato de isto ter ocorrido em uma Universidade coloca a questão do que lá se ensina, o que lá se aprende e o real significado das presenças dos envolvidos no local. O evento se deu em espaço fechado de uma instituição, portanto, não há como separá-lo da mesma. A adesão de muitos alunos implica compreender a existência de uma falsa consciência sobre o papel do aluno, do professor e do conhecimento. Nestes acontecimentos, o local de ensino é onde, inexoravelmente, se diz o que se pensa, mesmo que se possam detestar os conteúdos das falas deste episódio.

Cursos e professores universitários que se dizem voltados para o ‘mercado’, sejam públicos ou privados, e fortemente baseados na tecnofilia, escondem a verdade dos seus alunos. O mercado real é cruel, não poupa ninguém de suas leis, que em quase nada dependem do que se ensina. Aliás, quanto mais se acredita no ‘mercado’, mas se é presa fácil do mesmo. Profissionais e estudantes alienados, apartados do saber artístico e científico, são, também, os que não estão preparados para se defender de seus patrões. São ovelhas prontas para o abate. Não compreendem o que se quer deles e a realidade onde estão metidos. Por isto, não sabem o que fazer quando a porca torce o rabo.

Estudar este fenômeno pode ser de muita valia para a criação de vacinas preventivas. Não é a primeira vez, que o anti-humanismo se manifesta em episódios sociais fartamente midiatizados. Esse é uma das marcas do presente. A sociedade em que se vive, mediada por objetos de consumo, máquinas e idéias superconservadoras é, também, o lugar onde não há espaço para princípios humanistas de respeito ao outro. O outro, ora, dane-se o outro!

O que importa é o celular da moda, os tais programas de relacionamento e rede sociais, as heroínas e heróis midiáticos, a possibilidade de adquirir um novo produto alardeado pela publicidade etc. Não há muito lugar para o livro, para as idéias libertadoras e para algo fora da individualidade aguerrida e pasteurizada de cada um. Aliás, cada um é cada um, desde que se seja igual ao que está do lado.

O toque trágico deste episódio vincula-se ao fato de ter ocorrido no lugar que foi chave para a democratização presente do Brasil. De lá, saíram as esperanças de liberdade de milhões. É um soco no estômago de cada brasileiro, constatar que, depois de três décadas, ao invés de uma greve revolucionária ou de uma manifestação pela democracia, se vê, em São Bernardo, uma demonstração de ignorância fascistóide juvenil.

Espera-se que manifestações como esta sejam amplamente repudiadas e estudadas. Talvez, assim, se possam inverter seus significados, usando-as para chamar à atenção, esclarecer e dizer que existe muita coisa a se ver além da tv, da Internet, das crenças preconceituosas e da publicidade.

Luís Carlos Lopes é professor e autor do livro "Tv, poder e substância: a espiral da intriga", dentre outros .

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Brazilians Are Not Stupid

Pessoal:

Vejam os vídeos abaixo, depois de assistí-los vocês verão que tirando a matemática, a gente até sabe alguma coisa.

Vídeo 1:


Vídeo 2:

domingo, 15 de novembro de 2009

Um pouco do pensamento de Simonsen

São frases "blindadas".

Feitas para agüentar qualquer solavanco.

Ao longo dos anos, elas mantêm a integridade da mensagem mesmo sob mudanças econômicas profundas. A realidade econômica muda, mas certas colocações feitas há tempos ainda permanecem atuais.

Simonsen foi um mestre em cunhar frases deste tipo. Por ele e por nós, vamos à elas:

Sobre a previdência social: "O governo precisa deixar claro que há um conflito de interesses entre os aposentados e a sociedade, para buscar uma solução". (22/01/92).

Sobre justiça: "É preciso não confundir democracia com tolerância com ilegalidade e impunidade" (07/02/90) e "Uma sociedade na qual algumas leis pegam, outras não, pode pretender tudo, menos constituir uma nação organizada". (04/03/92).

Sobre abertura econômica: "O objetivo da abertura do comércio exterior não é conter ou baixar preços, mas aumentar a eficiência da economia. A abertura comercial beneficia a maioria das indústrias instaladas no país e só sucateia o que já era sucata". (07/02/90).

Sobre partidos e Congresso: "Partido? Conta outra piada. Quem manda realmente no Congresso são as corporações. Este é mais um fruto da Carta de 1988". (26/04/1995).

Sobre a abertura comercial: "A abertura comercial beneficia a maioria das indústrias instaladas no país e só sucateia o que já era sucata". (07/02/90).

Sobre a democracia: "Com efeito, a democracia foi inventada para limitar o poder discricionário dos governantes, não para transformá-los em magos, já que o Estado que funciona bem é exatamente aquele que dispensa os homens providenciais. Não há homens providenciais". (13/05/92)

"É preciso não confundir democracia e tolerância com ilegalidade e impunidade". (07/02/90).

Sobre o Congresso: "Quem manda realmente no Congresso são as corporações. Este é mais um fruto da Carta de 1988". (26/04/1995).

Não é muito difícil discordar do Simonsen?

sábado, 14 de novembro de 2009

Projeto - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar


O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) foi criado no início dos anos 90, como uma resposta a grandes pressões sociais dos agricultores familiares, como também uma alternativa de manutenção de renda, dinâmica e competitividade para o setor, no qual via-se fragilizado pela abertura comercial e competição de países do Mercosul.
O Programa destina-se desde agricultores assentados da reforma agrária até pequenos empresários rurais com renda bruta anual de R$ 60.000,00. Hoje, existem diversas linhas de crédito do programa: custeio, investimento, agroindústria, agroecologia, eco, floresta, semi-árido, mulher, jovem, custeio e comercialização de agroindústrias familiares, cota-parte, microcrédito rural, mais alimentos.
O gráfico acima mostra o montante de recursos disponibilizado pelo Governo para manutenção do Programa e o total emprestado a cada safra, justificando diversos estudos acadêmicos dentro desta linha de pesquisa.

Para saber mais do projeto: www.ufpel.edu.br/ppgom

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

I Semana Acadêmica – Economia UFPEL

O curso e o Departamento de Economia convidam a toda a comunidade acadêmica para participarem da Semana Acadêmica do Curso de Ciências Econômicas da UFPel. Este ano, a semana acadêmica será realizada nos dias 16 a 18 de novembro, no Centro de Integração do Mercosul, localizado na ra Andrade Neves, 1529, sempre a partir das 19 horas e 30 minutos.
As inscrições podem ser feitas na secretaria do colegiado com o Luis Felipe ao preço de R$ 10,00 para alunos e R$ 15,00 demais participantes.
A todos os participantes será dado atestado de participação de 12 horas que pode ser utilizado para comprovação de Atividades Complementares exigidos de todos os alunos do curso.

Programação:

16/11 – Ajuste Fiscal e Desenvolvimento do Rio Grande do Sul
Palestrante: Alexandre Porsse

17/11 – Crise Financeira Global: Causas, Fases e Implicações
Palestrante: Roberto Camps de Moraes

18/11 – Profissão de Economista: Potencialidade e Desafios no Mercado de Trabalho
Palestrante: José Luiz Amaral Machado.

Projetos de Pesquisa

Caros Amigos!


Parabéns a todos pela apresentação dos projetos. Acredito que todos souberam expor muito bem o que desejam fazer. É natural, no meio acadêmico haver algumas divergências de opinião. Portanto, deve-se aceitar as críticas como uma forma de tornar os trabalhos mais robustos. Fico muito feliz que junto com um grande esforço de nossos professores, estamos começando a consolidar um excelente curso de mestrado. Arrisco-me a dizer que o PPGOM em poucos anos será reconhecido nacionalmente. Por fim, peço que os alunos publiquem os resumos dos seus trabalhos aqui no blog, como já havia sido mencionado pelo Cícero. E concluo com base na aula de matemática de ontem à noite: Espero que não estejamos trabalhando com o caos...

P.S: Não vim até aqui pra desistir agora .... (Humberto Gessinger)

domingo, 8 de novembro de 2009

Projetos!

Inicia-se mais uma semana... esta será especial para a primeira turma do mestrado em Organizações e Mercados. Na quarta-feira (11) a partir das 14h na sala dedicada ao PPGOM no Colégio Gonzaga os mestrandos defenderão seus respectivos projetos de pesquisa para o colegiado do Programa.
Convido cada mestrando para realizar nesta semana uma postagem sobre seu tema de pesquisa, abordando rapidamente o assunto, curiosidade ou dados, enfim... é o blog da Economia Aberta!

Bom trabalho a todos e boa sorte!!!

Aonde queremos chegar?

Um dia ainda chego lá?

No fim de semana passado, em um desses raros momentos que um mestrando pode descansar, estava em casa e resolvi ler um livro, na estante tinha um livro de crônicas da Marta Medeiros, então, Abri o livro em meio a tantas histórias uma me chamou atenção, Um dia ainda chego lá? A crônica aborda que passamos à vida toda procurando alcançar nossos objetivos, e quando alcançamos, partimos para outros e assim a vida vai passando, em fim, a pergunta que se faz é aonde queremos chegar?
Lendo a crônica, tracei um paralelo com a minha vida, quando era criança queria ter os melhores brinquedos e crescer rapidamente, quando era adolescente queria ser adulto, quando estava no ensino médio queria entrar para faculdade, quando entrei na faculdade queria ter um emprego, quando me formei queria fazer uma especialização, quando fiz a especialização entrei no mestrado, bom agora no mestrado, uma das únicas coisas que sei, é que quero sair do mestrado o mais rápido possível, e ai vou querer ser doutor em economia e depois.... Resumindo, a pergunta que me faço é o que move o ser humano para aonde ele quer chegar? Será que é somente sua função de utilidade.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tempo é relativo e o dinheiro?

Einsten ficou famoso, entre outros motivos pela sua língua, e pela sua teoria da relatividade. Tempo é relativo, dizia ele. Pois bem, eu afirmo: Dinheiro é relativo.

Prova: "Mil reais pesam mais no bolso que na mão".

Convido o Rodrigo e o Gabrielito a fazerem o teste no enésimo bar do Cassino. Aliás nome sugestivo este da praia, ou acidente geográfico.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Olavo Rocha

Esta semana recebi a triste notícia da perda do Olavo Rocha. A maior parte dos alunos de economia não o conheceram, infelizmente. Olavo é um jovem economista que realizou um sonho. Abriu uma produtora de filmes informal para ensinar de forma criativa, inteligente e precisa alguma das melhores coisas que a economia possui. A sua produtora, a fonft possui um depósito de videos. Idem para o youtube. Vejam todos, por favor.

Eu conheci ele por meio do Shikida. Lembro de ter visto o primeiro o vídeo sobre as conseqüências do aumento real do salário mínimo. O Shikida também me passou a notícia de seu falecimento.

Enfim, o Olavo fez alguma das coisas que eu mais gostaria de ter feito e nunca tive coragem. Deixará saudades no meio de tanta mediocridade.

Se puderem ajudem a divulgar a produção dele. Tenho certeza que ele gostaria de ver as pessoas apreciando o seu trabalho.

As Vantagens Comparativas começam na escolha do nome

Não acredita? Então dê uma lida neste texto: The Benefits of Being Economics Professor A
(rather than Z), By C. MIRJAM VAN PRAAGwz and BERNARD M.S. VAN PRAAGw, publicado
Economica (2008) 75, 782–796.



Abstract
Alphabetical name ordering on multi-authored academic papers, which is the convention in economics and various other disciplines, is to the advantage of people whose last name initials are placed early in the alphabet. Professor A, who has been a first author more often than Professor Z, will have published more articles and experienced a faster productivity rate over the course of her career as a result of reputation and visibility. Authors know that name ordering matters and take ordering seriously. Several characteristics of an author-group composition determine the decision to deviate from the default alphabetical name order to a significant extent.

domingo, 25 de outubro de 2009

Granger Causa Natal?

Em economia causalidade é coisa séria. Afinal, precisamos saber se câmbio afeta taxa de juros ou se é a taxa de juros que afeta o câmbio. Afinal, o que é variável dependente ou independente? Em um curso de estatística ou econometria é dito que estatística é apenas estatística e, portanto, uma forte correlação não significa causação.



Eu sempre prefiro buscar na velha teoria econômica as evidências de causalidade teórica, para depois imaginar o mundo aplicado. X afeta Y? Y afeta X? Ou dialéticamente ambos se afetam até que a história crie a variável Z? Está em dúvida? Vá estudar!



Clive Granger resolveu nos dar uma ajudadinha com o seu já famoso teste de causalidade. Em poucas palavras um seqüência de informações de X afeta Y se as informações defasadas de X estão fortemente relacionadas com a informação futura de Y. Para Granger, o que ocorre antes afeta o que ocorre depois, entendeu?



Eu adoro Natal e, pelo teste de Granger, o Natal é causado pelo fato das pessoas mandarem cartões natalinos. Morro de medo de que o Natal não ocorra e, por isto, envio, antecipadamente, meus votos de feliz natal, torcendo que Granger Causa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MESTRADO EM ORGANIZAÇÕES E MERCADOS ABRE INSCRIÇÕES

O Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados - Nível de Mestrado - abre inscrições para a seleção de novos alunos para ingresso em 2010. As inscrições estão abertas do dia 19 de outubro a 20 de novembro de 2009.
Poderão inscrever-se os graduados em curso superior (Economia, Administração, Engenharia Agronômica, Engenharias, Veterinária e outros cursos de área afins). Os candidatos farão o exame de seleção através de uma prova escrita contendo questões objetivas (matemática, teoria econômica, estatística e gestão agroindustrial) e uma redação, na qual a nota mínima classificatória é 6.0. A segunda parte do exame compreende a avaliação do Curriculum Vitae documentado.

Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone (53) 32757256 ou pelo e-mail ppgom@ufpel.edu.br


terça-feira, 20 de outubro de 2009

NOÉ NO BRASIL

Um dia, o Senhor chamou Noé que morava no Brasil e ordenou-lhe:
- Dentro de 6 meses, farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40
noites, até que o Brasil seja coberto pelas águas.
Os maus serão destruídos, mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal.
Vai e constrói uma arca de madeira.
No tempo certo, os trovões deram o aviso e os relâmpagos cruzaram o céu.
Noé chorava, ajoelhado no quintal de sua casa,
quando ouviu a voz do Senhor soar furiosa, entre as nuvens:
- Onde está a arca, Noé?
- Perdoe-me, Senhor suplicou o homem.
Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas:
Primeiro tentei obter uma licença da Prefeitura, mas para isto, além das altas taxas para obter o alvará, me pediram ainda uma contribuição para a campanha para eleição do prefeito.
Precisando de dinheiro, fui aos bancos e não consegui
empréstimo, mesmo aceitando aquelas taxas de juros ...
O Corpo de Bombeiros exigiu um sistema de prevenção de incêndio, mas consegui contornar, subornando um funcionário.
Começaram então os problemas com o IBAMA e a FEPAM para a extração da madeira.
Eu disse que eram ordens SUAS, mas eles só queriam saber se eu tinha um "Projeto de Reflorestamento " e um tal de
"Plano de Manejo ".
Neste meio tempo ELES descobriram também uns casais de animais guardados em meu quintal..
Além da pesada multa, o fiscal falou em "Prisão Inafiançável " e eu acabei tendo que matar o fiscal, porque, para este crime, a lei é mais branda.
Quando resolvi começar a obra, na raça,apareceu o CREA e me multou porque eu não tinha um Engenheiro Naval responsável pela construção.
Depois apareceu o Sindicato exigindo que eu contratasse seus marceneiros com
garantia de emprego por um ano.
Veio em seguida a Receita Federal , falando
em " sinais exteriores de riqueza " e também me multou.
Finalmente, quando a Secretaria Municipal do Meio Ambiente pediu o " Relatório
de Impacto Ambiental " sobre a zona a ser inundada, mostrei o mapa do Brasil.
Aí, quiseram me internar num Hospital Psiquiátrico!
Sorte que o INSS estava de greve...

Noé terminou o relato chorando, mas notou que o céu clareava perguntou:
- Senhor, então não irás mais destruir o Brasil?
- Não! - respondeu a Voz entre as nuvens
- Pelo que ouvi de ti, Noé,
cheguei tarde!
O governo já se encarregou de fazer isso!

Abraço a todos!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Empréstimo de horas

Mais uma vez iniciamos o famoso horário de verão. Mais uma ocasião para lembrarmos do Prof. Duílio. É dele a argumentação que o horário de governo é o empréstimo de uma hora de nossas vidas com a promessa de devolução futura sem juros.
Se tempo é dinheiro, então o Prof. Duílio tem razão. Não é ela, a taxa de juros que interliga o passado e o futuro? Então acabei de fazer um péssimo negócio. Troquei uma hora hoje por outra em 20 de fevereiro de 2010 a 0% de juros.
Usando a taxa selic (0,69% a.m) como referência teríamos que uma hora emprestada hoje deveria nos ser devolvida com 1,6 minutos de juros em fevereiro de 2010.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

12ª Semana Acadêmica de Engenharia Química da FURG

12ª Semana Acadêmica de Engenharia Química da FURG, realizar-se-a de 26 a 30 de outubro de 2009.
O tema é "Empreendedorismo e Meio Ambiente: Realidades na Sustentabilidade do Desenvolvimento" e o evento apresentará:
- Palestras;
- Mini-cursos;
- Workshop;
- Visitas Técnicas a indústrias;
- Mesa Redonda;
- Confraternizações;
Um dos palestrantes convidados é o Coordenador do Programa de Pós Graduação em Organizações e Mercado da UFPEL, professor Dr. Mário Duarte Canever.
Maiores informações pelo link: http://www.saeq-furg.blogspot.com/

Competição e bom-humor

A gente sabe que a competição entre agentes econômicos gera bem-estar, aumenta a eficiência da economia, estimula as inovações tecnológicas etc.
Mas ela também pode estimular a criatividade e o senso de humor.
Na década de oitenta o restaurante mais luxuoso do Rio de Janeiro era o "Maxim`s", especialista em culinária francesa.
O "Maxim`s" ficava no alto da torre do shopping Rio do Sul.
Vista deslumbrante para a baía de Guanabara.
O shopping (um dos primeiros do Rio) tinha acabado de ser inaugurado, assim como o restaurante.
Na rua de trás da torre, um terreno baldio.
Aí um cara montou uma barraquinha para vender angu (polenta, aqui no Sul).
O nome da barraquinha: "Minim`s"...
A estória se repetiu em Fortaleza, conforme a coluna do José Simão, na Folha.
Lá tem um bar chamado "New York, New York".
Abriram uma barraquinha em frente e batizaram de "Quixadá, Quixadá"!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Prova da ANPEC

Para todos aqueles que fizeram a prova da ANPEC neste último final de semana, para aqueles que já prestaram a prova e para os que um dia irão prestar!!!

Muito engraçado!!! Tirei do blog do Monastério!!!

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Abraço a todos!!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

As inscrições para o XXIII Prêmio Conselho Regional de Economia 2009 já estão abertas

Economistas gaúchos e os alunos egressos dos Cursos Superiores de Economia já podem se inscrever para o XXIII Prêmio Conselho Regional de Economia – CORECON/RS, na modalidade Monografias ou Artigo Técnico ou Científico. Esta iniciativa tem o objetivo de premiar os melhores trabalhos de conclusão do curso de graduação em Ciências Econômicas dos estudantes de instituições gaúchas e valorizar o trabalho dos profissionais que atuam na área da economia.
O Prêmio foi instituído em 1987 e agregou a modalidade artigos técnicos ou científicos a partir de 2007.
Os vencedores serão contemplados com valores que vão de R$ 500,00 a R$ 3.000,00. As inscrições para as duas modalidades já estão abertas e termina no dia 16 de outubro de 2009.
A Comissão Julgadora das Monografias e Artigos é formada por representantes de Cursos Superiores de Economia de universidades gaúchas e de instituições ligadas à área.
Os vencedores receberão os prêmios em cerimônia a ser realizada no dia 10 de dezembro de 2009, às 20 horas, no Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre/RS.

Outras informações e o regulamento estão no site: www.coreconrs.org.br.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Volta as aulas

Reiniciaram efetivamente hoje as aulas do segundo semestre de 2009 do Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados (PPGOM) da UFPEL. Conforme vocês puderam acompanhar por aqui, o calendário iniciou no último dia 21 com o mini-curso do Prof. Dr. Leonardo Monastério (IPEA).
Segue abaixo os horários, disciplinas e docentes reponsáveis do semestre:

Terça-feira
14:00h - 18:00h - Econometria
Prof. Dr. Anderson A. Denardin

Quarta-feira
14:00h - 18:00h - Economia das Organizações I
Prof. Dr. Mario Canever
Prof. Dr. Volnei Krause Kohls
Prof. Dr. Paulo Rigatto
Prof. Dr. Nelson Seixas dos Santos

18:30h - 21:30h - Matemática Aplicada
Prof. Dr. Nelson Seixas dos Santos

Quinta-feira
14:00h - 18:00h - Macroeconomia
Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Passos

A disciplina de Filosofia e Metodologia da Ciência está sendo ministrada pelos Profs Mario Canever e Volnei Kohls em datas marcadas anteriormente e distribuídas ao longo do semestre acadêmico.

Todas as disciplinas são ministradas na sala dedicada ao PPGOM no Colégio Gonzaga. Algumas aulas de econometria ocorrerão no laboratório de informática do Programa, também no Colégio Gonzaga.

Abraço a todos e boa volta as aulas!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mini-curso Economia Regional



Encerrou na tarde de hoje o Mini-curso em Economia Regional dirigido pelo Prof. Dr. Leonardo Monastério (IPEA), promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados (PPGOM).
O mini-curso teve duração de três dias, na abertura - terça-feira - foi realizada a apresentação da palestra "Onde produzir? A desigualdade regional no Brasil e no Rio Grande do Sul" na qual foi prestigiada pelos alunos do Departamento de Economia que lotaram a sala de multimídia do Colégio Gonzaga.
Já na sequência os temas foram dirigidos para os alunos da primeira turma do PPGOM, seguindo os seguintes assuntos abordados:

Quarta- feira
Manha: Teorias de localizacao regional
Tarde: Técnicas de análise regional / Estatística espacial

Quinta-feira
Manhã: Crescimento regional / Econometria espacial
Tarde: Exercício de pesquisa

Os encontros além de contar com a presença dos alunos, também contou com os professores do PPGOM e demais colaboradores da UFPel.

Segue as fotos em anexo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As Curiosidades da Teoria Econômica no Cotidiano da Sociedade

A economia é uma ciência que vislumbra identificar e explicar os comportamentos e a relação entre os indivíduos, empresas, agentes e mercados, que estão inseridos nos contextos da micro e macroeconomia dos países.

Dentro dessa perspectiva, o livro “Sob a Lupa do Economista” é um exemplo de como a economia com as suas ferramentas pode ser utilizada para explicar assuntos polêmicos, que vão desde cinema, criminalidade, futebol, política e outros assuntos pertinentes do cotidiano dos brasileiros. O livro em questão visa identificar de uma maneira simples e eficaz baseado nas principais teorias econômicas como as teorias dos jogos, do crime, do consumidor, da firma e outros importantes conceitos que se encontram nos complexos livros de economia.

Além disso, o contexto do livro utiliza de alguns experimentos empíricos para explicar as difíceis relações entre as variáveis dos diversos modelos econômicos visando à adaptação dos conceitos acadêmicos à realidade brasileira. Com isso, os 46 artigos do livro proporcionam ao leitor distração garantida com assuntos interessantes e divertidos associados à simplicidade, que é fundamental para elucidar os conceitos da economia aplicados na difícil e complexa realidade da sociedade.

Portanto, um individuo que não possui conhecimento ou não consegue identificar as implicações da economia no cotidiano da sociedade pode vislumbrar através da simplicidade desse livro algumas das principais contribuições dessa ciência para humanidade. Dessa maneira, a economia proporciona o desenvolvimento para a humanidade baseada na estocástica dos eventos, na dinâmica e no equilíbrio geral dos diferentes agentes que interagem nesse ambiente em constante evolução.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Além da boa notícia: marcos do desenvolvimento brasileiro recente

A estabilidade macroeconômica brasileira foi alcançada a duras penas.
A primeira fase do Plano Real (1994 a 1998) teve como mérito o término de um longo ciclo hiperinflacionário.
Porém, a estabilidade efetiva teve início em 1999, após o agravamento da crise da Rússia, em agosto de 1998.
Os marcos desta estabilidade foram o sistema de metas de inflação (do qual faz parte o regime de câmbio flutuante), a Lei de Responsabilidade Fiscal e a autonomia (ainda que informal) do Banco Central.
Estas reformas foram feitas ao longo do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.
A partir de 2001, com o slogan "exportar ou morrer", Fernando Henrique Cardoso implementou medidas de incentivo às exportações que, apesar de criticadas na ocasião, contribuíram para lançar o país em um ciclo vigoroso de expansão das exportações.
Graças à esta expansão, impulsionada fortemente pela conjuntura ímpar de crescimento do comércio internacional, o governo Lula foi capaz de evitar uma recessão nos seus dois primeiros anos (de 2003 a 2005).
O motor do modesto crescimento da economia brasileira no período de 2003 a 2005 foi a expansão do comércio internacional, por um lado, e as reformas que permitiram o aumento das exportações, por outro.Os crescentes superávits comerciais amortizaram os efeitos recessivos dos arrochos fiscal e monetário implementados para combater a inflação.
A questão da demanda externa estava, finalmente, bem encaminhada. Mas faltava ao país a retomada do dinamismo da demanda interna (consumo, investimento e gastos públicos).
Lula, antes de tomar posse, avisou ao mundo que iria instituir o "Fome Zero".
Mas o país não era faminto.
Era, e infelizmente ainda continua a ser em muitas regiões, desnutrido.
Lula quis combater a fome, mas ao povo não foi feita a pergunta de Arnaldo Antunes compositor do rock "Comida", dos Titãs: "Você tem fome de quê?""
O "Fome Zero", após patinar em 2003 na gestão de Frei Betto, acabou se tornando um poderoso programa de bem-estar social.
Seu mérito: agregar e aprofundar os vários programas sociais implementados anteriormente.
A gestão de Dona Ruth Cardoso e as idéias de Luiz Carlos Bresser-Pereira, Marcelo Néri, Ricardo Paes e Barros e Eduardo Suplicy, foram parte importante deste processo.
Afora a chatice de ser também uma eficaz máquina de votos, as várias bolsas que compõem esta rede de proteção social têm contribuído para a redução dos níveis de pobreza e de desigualdade e vem ajudando na missão de manter o nivel de consumo da classe C em alta desde o final de 2004.
O povo, como Arnaldo Antunes já dizia, tinha fome também de "diversão e arte" e "queria a vida como a vida quer". As séries temporais do consumo de vários bens de consumo duráveis e não-duráveis mostram uma alta correlação com o aumento dos rendimentos da classe C.
Lentamente, como convém a um país com tradição democrática, a parte boa do PT e do PSDB têm conseguido transformar em política econômica o pensamento social-democrata do Brasil.
Assim, o que os setores radicais da esquerda chamavam de neoliberalismo, foram as reformas necessárias para a lenta construção de uma estabilidade associada à crescimento sustentado.
E o que setores liberais radicais de direita diziam ser assistencialismo e demagogia com dinheiro público foi a construção de programas sociais que capazes de, ao longo do tempo, resgatar uma enorme dívida social que no início dos anos noventa muitos julgaram como impagável.
Primeiro vieram a estabilização e algumas reformas, como o Proer e a tão discutida reforma patrimonial (1994-1998).
Depois vieram as reformas macroeconômicas já mencionadas (1999) e o fator previdenciário (que conferiu uma racionalidade mínima ao problema da Previdência Social).
Em seguida, já com o câmbio em dirty floating, o impulso às exportações.
Por fim, a retomada do dinamismo do mercado interno, motivada pelo aumento do consumo privado das classes mais baixas e pelo (infelizmente excessivo) aumento do gasto público.
Mais recentemente, a queda da taxa Selic vem completando o ciclo virtuoso dos quinze anos do Real.
Finalmente, deixo para o final a minha leitura de uma boa notícia econômica: a demanda por crédito cresceu 4% no Brasil e superou o nível atingido antes da crise.
Todas as classes de rendimento registraram aumento na demanda por crédito.
O maior avanço, de 5,2%, ocorreu no segmento dos consumidores com rendimento mensal de até R$ 500,00.
Resumo da opereta: isto não ocorreu por acaso.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

40 anos do Vietnã

Em 1969 foi há quarenta anos um período inesquecível na história humana por motivos bons e ruins.
Naquele ano o governo dos EUA conduziu com êxito absoluto a chegada do homem na lua através da missão Apolo comandada por Werner Von Braun ( engenheiro alemão, ex-cientista do III Reich alemão e pai do foguetes V 1 e V2 que foram o horror do povo inglês durante a 2ªguerra mundial.)
Esse fato ocorreu no mesmo ano do famoso festival de música de Woodstock realizado em agosto na fazenda do mesmo nome nos arredores de New York City. Era o auge do movimento hippie e da contracultura. Em Woodstock cerca 500 mil jovens se reuniram em três dias de “paz, amor e música” pedindo uma nova ordem mundial e bradando contra a famigerada guerra do Vietnã que devastou o sudeste asiático. Pelo festival de Woodstock passaram nomes emblemáticos da música e do o rock universal como Janis Joplin, Jimi Hendrix, o indiano Ravi Shankar, Joan Baez que era esposa de Bob Dylan e grávida de 6 meses na época, Carlos Santana , The Who, Crosby/Still/Nash & Young numa apresentação inesquecível de Sweet Judy blue Eyes, entre outros.
Na seara política, o gaúcho de Bagé General Emílio Garrastazu Médici governava o Brasil com mão de ferro amparado pelo triste AI -5. Nosso país vivia os horrores da repressão política e das torturas nos porões do DOI-COIDI. E nos EUA o republicano Richard Nixon tentava de todas as formas tirar seu exército do atoleiro da guerra do Vietnã (1967-1975) .
As atrocidades americanas, uma entre tantas, vieram a tona quando em dia 16 de março de 1968, uma patrulha do exército americano liderada pelo tenente William Calley massacrou 500 civis indefesos (mulheres, crianças e idosos) na da aldeia de My Lai no Vietnã. Calley ficou apenas 3 anos presos e depois foi indultado.
Os protestos intensificaram-se dentro e fora dos EUA. Em várias manifestações públicas a maioria do povo americano estava cada vez mais discente da necessidade da guerra e do sofrimento dos soldados front de batalha. Haja vista o conflito no campus da Universidade de Kent onde a polícia americana matou vários estudantes .
O envolvimento americano teve seu início quando da derrota francesa em Dien Bien Phu em 1954. Logo os americanos ficaram receosos do avanço comunista e fizeram de tudo para frear a expansão da influência soviética na região.
O pretexto para a invasão foi o conflito (mentiroso) no golfo de Tonkin onde Lyndon Johnson enganou o povo americano para conseguir apoio para a sua política no Vietnã’.
1969 entrou para a história como auge do envolvimento americano na guerra onde morreram mais de 55 mil soldados americanos e cerca de um milhão e meio de vietnamitas. 300 mil soldados americanos ficam feridos ou aleijados. Os EUA jogaram 7 milhões de toneladas de bombas sobre o Vietnã ( 3 x mais que na 2ª guerra).
Os principais senhores da guerra foram o secretário americano Robert McNamara (ex-executivo da Ford Motor Company) que gostava de encher sua mesa de trabalho com mapas recheados de dados estatísticos com as mortes dos soldados para decidir onde atacar depois. Além desse Sr outro direto responsável pelo banho de sangue no sudeste asiático foi o diplomata (de triste memória) Henry Kissinger.
Kissinger foi o diplomata americano que participou das conversas de paz realizadas a partir de 1970 em Paris com o fim de dar uma saída honrada à guerra do Vietnã.
Alguns dos críticos de Kissinger acusam-no de ter cometido crimes de guerra durante sua longa estadia no governo como dar luz verde para a invasão indonésia de Timor (1975) e a golpes de estado no Chile e no Uruguai(1973); entre tais críticos incluem-se o jornalista Christopher Hitchens (no livro The Trial of Henry Kissinger) e o analista Daniel Ellsberg (no livro Secrets). Apesar de essas alegações ainda não terem sido provadas em uma corte de justiça, considera-se perigoso para Kissinger entrar em diversos países da Europa e da América do Sul.
Se hoje o Vietnã está migrando para o sistema capitalista é outra história, o fato é que a guerra foi insana e criminosa e o ano de 1969 não será esquecido.

Prof. João Neutzling Jr
Economista, Mestre em Educação.
Prof. da Faculdade SENAC Tencologia
e Anhanguera Educacional S/A