No fim de semana passado, em um desses raros momentos que um mestrando pode descansar, estava em casa e resolvi ler um livro, na estante tinha um livro de crônicas da Marta Medeiros, então, Abri o livro em meio a tantas histórias uma me chamou atenção, Um dia ainda chego lá? A crônica aborda que passamos à vida toda procurando alcançar nossos objetivos, e quando alcançamos, partimos para outros e assim a vida vai passando, em fim, a pergunta que se faz é aonde queremos chegar?
Lendo a crônica, tracei um paralelo com a minha vida, quando era criança queria ter os melhores brinquedos e crescer rapidamente, quando era adolescente queria ser adulto, quando estava no ensino médio queria entrar para faculdade, quando entrei na faculdade queria ter um emprego, quando me formei queria fazer uma especialização, quando fiz a especialização entrei no mestrado, bom agora no mestrado, uma das únicas coisas que sei, é que quero sair do mestrado o mais rápido possível, e ai vou querer ser doutor em economia e depois.... Resumindo, a pergunta que me faço é o que move o ser humano para aonde ele quer chegar? Será que é somente sua função de utilidade.
Bom, basicamente há 3 objetivos na vida de um homem:
ResponderExcluir1 Plantar uma árvore
2 Ter um filho
3 Escrever um livro
Quem sabe não seja esta a resposta. Você pode perguntar para o professor André Carraro, sei que o 2 e 3 ele já fez.
Ainda chego lá Rodrigo!!!
ResponderExcluirRodrigo, meu orientando:
ResponderExcluirEnche mesmo o saco, às vezes, estudar pra cacete e ver o Lula feliz da vida, sem diploma e ainda fazendo a apologia da ignorância...
Meu caro, onde quer que você chegue, continue sendo esta pessoa bacana que você é.
Quanto ao que move o ser humano... A pergunta é difícil, mas vale arriscar uma resposta.
Para arriscar uma resposta, vale especular com os filósofos e esquecer um pouco o Varian e Mas-Collel.
Para Freud é a libido.
Para Nietzsche é a vontade de poder.
Para Schopenhauer é a vontade, pura e simples.
Para Spinoza, o homem é movido pela busca do dinheiro, pela libido e pelo poder. Para a libido, há um ponto de saciedade . Para o dinheiro, também (quem ganha mais dinheiro é quem não busca o dinheiro pelo dinheiro - Warren Buffett, Bill Gates e George Soros são exemplos). Para o poder é que parece não haver limites (Lula, Chávez etc.). Assim, Spinoza comparando os Buffetts e os Lulas de sua época, disse que é mais digno buscar o dinheiro que o poder. E outro alguém disse que todo poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente.
Por fim, Epicuro resumiu de modo admirável o que realmente precisamos para ser felizes: liberdade (ou autonomia), relacionamentos (família, amigos etc.)e autoconhecimento.
Repare que não falou em títulos de mestrado, doutorado etc.
Não chegou nem a falar em dinheiro.
Mas todos sabemos que ele dá a liberdade de não se fazer o que não se quer, embora não permita que se faça o que se queira.
Abraço.