quarta-feira, 23 de junho de 2010

Orçamento Participativo

Li na edição de hoje do jornal citadino que teremos mais uma edição de escolhas para o Orçamento Participativo. A idéia é antiga, talvez remonte à idéia de democracia da Grécia, em que os cidadãos se reuniam na praça da cidade para realizar escolhas públicas.

Realizar escolas privadas não é fácil. Ir ao mercado e ter que escolher entre tantos produtos àqueles que serão os melhores para você próprio já é uma tarefa árdua. Imagine, então, você ter que escolher a cesta de consumo de pessoas que você nunca viu na vida. Difícil, mas por alguma razão desconhecida, as pessoas gostam muito de: i) gastar o dinheiro dos outros; ii) escolher pelos outros.

E, quando alguém escolher por mim, o que eu estou perdendo é liberdade. Estou me tornando servo de alguém. Ok, no casamento eu perco parte da minha liberdade, mas faço isso por opção, por escolha, logo, não perco liberdade. Agora, acreditar que grupos de pessoas reunidos possam escolher cesta ótima de bens público chega a ser infantil.

Quer fazer democracia participativa, então leia com atenção a frade do Friedman:

“O livre mercado é o único mecanismo que já foi descoberto para o alcance da democracia participativa.” (Milton Friedman)

2 comentários:

  1. Faço minha esta frase do Milton Friedman:

    "Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis. O problema é liberdade sem responsabilidade."

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  2. Na verdade, o "orçamento participativo" é um mecanismo que desloca a decisão política do representante eleito para ocupar cargo no Poder Legislativo para aqueles cidadãos interessados em cumprir este papel. Parece factível supor que em nenhuma época da existência humana os gastos de recursos coletivos sejam estritamente eficientes para maximizar as utilidades de todos os contribuintes - e isto vale mesmo supondo inexistência de corrupção e máximo altruísmo.

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